02 abril 2012

Resenha: Dexter, a mão esquerda de Deus

Seria possível alguém se apaixonar por um personagem que representa aquilo que abominamos na nossa sociedade como os assassinos? psicopatas? 
Depois de ler Dexter, a mão esquerda de Deus, passei a crer que sim, o que me faz já começar a respeitar com lisura o autor Jeff Lindsay.

O livro que deu origem a série de TV Dexter, e fez grande sucesso também no público televisivo (lógico que foi um sucesso, gente anota aí: se o livro é um sucesso, provavelmente adaptações BEM feitas na TV, cinema etc também serão um sucesso!).
Vale dizer que assisti à alguns capítulos isolados da série na TV e isso ajudou muito a ter uma visão bem mais desprendida do livro.

Dexter Morgan é o filho adotivo de Harry Morgan, que descobre, quando ele ainda é criança, que o filho tem prazer na morte (inicialmente de animais). Harry, que é policial resolve então ensinar Dexter a como utilizar este problema da psicopatia para o "bem", praticando com pessoas que realmente "deveriam morrer", quando chegasse a hora em que ele não teria mais como fugir de sua natureza.

O livro é bem forte, pois a história de um assassino é sempre muito complexa. Jeff Lindsay nos dá detalhes do caráter frio do personagem e  de como isto, o prazer de matar, foi se tornando uma necessidade para ele. 
De certa forma, ele nos faz "entender" o assassino. Acabei solidária ao Dexter, pode? 

Sobre o autor:

 Jeff Lindsay é o pseudônimo do americano dramaturgo e romancista Jeffry P. Freundlich (nascido em 14 julho de 1952), mais conhecido por seus romances sobre sociopata vigilante Dexter Morgan. Muitas de suas obras publicadas anteriormente incluem sua esposa Hilary Hemingway como um co-autor. Sua esposa é sobrinha de Ernest Hemingway e um autor em sua própria direita. Lindsay nasceu em Miami e graduou-se Everglades Ransom High School em 1970, e de Middlebury College, Vermont, em 1975. 

Sobre o livro:
Páginas: 272
Ano: 2008
Editora: Planeta
Este post faz parte do Desafio literário 2012.

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